s.m. Lingüística Em sentido lato, unidade mínima de significação a que a análise pode reduzir um enunciado lingüístico; em sentido estrito, elemento lingüístico que, diversamente dos semantemas, não simboliza algo existente no mundo dos objetos reais ou ideais, possuindo apenas significação gramatical, isto é, serve para relacionar os semantemas na oração e delimitar-lhes a função e a significação. (O morfema pode constituir uma unidade formal delimitável pela análise, como as preposições, conjunções etc., mas pode consistir na substituição de fonemas no semantema [morfema de alternância], na posição do semantema com relação a outro no enunciado [morfema de posição, como, p. ex., Fedra ama Hipólito, em que a função do sujeito está determinada por uma posição antes do verbo], na supressão de uma parte do semantema [morfema de subtração], em sua ausência junto ao semantema [morfema zero], criando uma forma que contrasta com outra, em que ao semantema se junta um morfema chamado aditivo [assim, singular livro, com morfema zero, em contraste com livros, com sufixo -s, indicativo do plural]. Um mesmo significado morfemático pode exprimir-se fonologicamente de diversas maneiras, constituindo cada forma uma variante mórfica ou alomorfe, sendo a mais usual e sistemática a representante do morfema na língua ou alomorfe básico. Assim, em português, o morfema de feminino é -a [gata, oposta a gato], mas há como alomorfe a alternância ó/ô em
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