s.m. Religião e civilização dos muçulmanos. / O mundo muçulmano. (O mesmo que islã ou islão.) Fundado no séc. VII na Arábia por Maomé, o islame foi levado pela guerra para a Ásia até o Indo, para as margens do Mediterrâneo, o litoral africano do Atlântico e até a Espanha. A decadência do califado fez perder ao islame sua unidade, mas já havia sido detido na Europa com a vitória cristã de Poitiers (732) e a resistência bizantina sob os muros de Constantinopla. Todavia, a conversão dos turcos o introduziu na Europa oriental após a tomada de Constantinopla (1453). Por outro lado, o islame espalhou-se pelo Extremo Oriente e pela África negra. O islame é um monoteísmo muito estrito: Alá é o deus único, incriado, cujo último profeta é Maomé. O culto é muito simples: obrigação de recitar a profissão de fé, as cinco orações cotidianas precedidas de abluções purificatórias, peregrinação a Meca uma vez na vida, esmola legal, guerra santa contra os infiéis que ameaçarem uma terra muçulmana. Não há clero: o islame não tem caráter sacerdotal, mas existem ulemás e ordens religiosas. As confrarias desempenham papel político importante. Circunstâncias históricas e religiosas dividiram os muçulmanos entre duas grandes doutrinas: o sunismo ortodoxo e o xiísmo. O islame não é apenas uma religião; é também uma lei, cuja fonte é o Corão, que determina todo o comportamento do muçulmano. O islame dá a seus fiéis, em número de 450 milhões, uma organização jurídica, social e familiar na dependência rigorosa do Corão. |