s.m. Fig. Pessoa má, de mau gênio. / Serve para suprir a enumeração de muitas coisas: fez o diabo, disse o diabo. // Do diabo, terrível, excessivo, incômodo. // Enquanto o diabo esfrega um olho, num instante. // Levar o diabo, sumir, arruinar-se, morrer. // O diabo a quatro, barafunda, confusão, coisas espantosas. // Ter o diabo no corpo, estar agitado, ser capaz de cometer loucuras. // Levado do diabo, travesso, furioso. // Comer o pão que o diabo amassou, levar uma vida de trabalho e sofrimentos, padecer muito. / Usa-se como realce expressivo, para insinuar certa impaciência, contrariedade, surpresa: onde diabo se meteu ele? Que diabo de coisa é essa? / Entra com freqüência em várias fórmulas imprecativas: o diabo que te carregue; vá pro diabo. (São numerosos os sinônimos de "diabo", sobretudo na linguagem popular; o povo, por superstição, substitui as formas usuais Belzebu, Demo, Demônio, Lúcifer, Satã, Satanás por outras, figuradas, que disfarçam o nome verdadeiro, por um fenômeno de interdição vocabular ou tabu lingüístico; eis algumas delas: arrenegado, beiçudo, bode-preto, canhoto, cão, cão-tinhoso, capeta, coisa, coisa-ruim, compadre, coxo, diacho, diogo, ele, excomungado, maldito, mal-encarado, maligno, malvado, pé-de-cabra, pedro-botelho, porco, sarnento, sujo, tentador, tinhoso. [Podem-se escrever também com maiúscula todos esses nomes].) |