s.m. Cerimônia que inicia as festas do candomblé baiano. Trata-se de uma homenagem a Exu, mensageiro e criado dos orixás, para que deles se consiga o que se quer, e sobretudo para que ele não desencadeie as forças do mal, que detém nas mãos, contra o terreiro. Despachar Exu é entretê-lo, ou enviá-lo a determinados objetivos, bons ou maus. O despacho consiste geralmente numa oferta de alimentos preferidos de Exu, pipocas, farofa de azeite-de-dendê, ou no sacrifício de animais a ele dedicados, cão, galo, ou bode, de preferência pretos. Nesse sentido, despacho é sinônimo de padê-de-Exu. / P. ext., Qualquer oferenda às divindades afro-brasileiras para conseguir os seus favores. O despacho também pode ser feito para prejudicar alguém em especial ou para realizar a transferência dos males de quem o oferece para a primeira pessoa que tocar nele. Em todos os casos é deixado nas encruzilhadas das ruas e caminhos, ou, na Bahia, junto de uma gameleira branca sagrada. Os animais sacrificados e os objetos oferecidos variam de acordo com os orixás a que são destinados. |