s.m. Arquitetura e Literatura Estilo nascido sob a inspiração da Contra-Reforma, e que se desenvolveu nos séc. XVI (segunda metade), XVII (período áureo) e XVIII (decadência), como evolução do Renascimento hispanizado. Surgiu na Itália (Giovanni Cellini teria sido o primeiro a aplicar o termo à arquitetura), estendendo-se depois a outros países, sobretudo latinos. Na arquitetura, o barroco destacou-se pelos efeitos de massa, de movimento, pelo emprego do grandioso e da linha curva; na escultura, pelas figuras surpreendidas em movimentos e pelas roupagens vistosas; na pintura, pelas composições em diagonal, pelos efeitos de perspectiva e de aparências irreais. Na literatura, o barroco distingue-se pelo gosto do patético, pela abundância dos ornatos, pela elaboração formal metáforas preciosas, jogo de palavras, antíteses e paradoxos, hipérbatos e hipérboles , pela intensificação do pormenor traços estilísticos a que habitualmente se dá o nome de "cultismo", que, ao lado do conceitismo (ou conceptismo, do italiano concetti), linguagem de conceitos singulares, de pensamentos preciosos, mais caracteriza o estilo barroco. O barroco é igualmente conhecido sob diversas designações (nem todas muito precisas): conceptismo, cultismo, culteranismo (Espanha e Portugal), marinismo (Itália), gongorismo (Espanha), eufuísmo (Inglaterra), silesianismo (Alemanha), preciosismo (França). Na decoração, no séc. XVIII, confunde-se com o rococó e sua variedade rocaille (na França, sob o reinado de Luís XV). As figuras mais conhecidas do barroco foram: Bernini e Borromini (artes plásticas) e Marini (liter.), na Itália; Cervantes, Gôngora e Quevedo (liter.) e El Greco (pint.), na Espanha. Na literatura luso-brasileira, a figura mais importante é a do padre Antônio Vieira; na arquitetura e na escultura do Brasil colonial, impõe-se como extraordinária manifestação do barroco a obra de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. |